marcelo martins

O compromisso é com a cidade ou é só eleitoral?

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Durante os pouco mais de 40 dias de campanha eleitoral, no ano passado, vimos os seis candidatos à prefeitura de Santa Maria, em maior ou menor grau, mostrando-se árduos defensores das mais variadas pautas de interesse da municipalidade. O que não faltou foram discursos de busca por melhorias para a cidade. Assim, promessas foram sendo empilhadas para que, em 2021, a maior cidade do centro do Estado passasse a ser um local onde tudo seria possível de ser realizado.  

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Porém, o primeiro turno veio e, pelo caminho, ficaram os quatro derrotados que não avançaram em direção à disputa de segundo turno. O que estranha é que, nem passados dois meses, as intenções se esvaziaram. Não que tenha de haver uma presença permanente dos demais políticos. Mas o interesse não deve ser apenas em ano eleitoral. E não adianta tentar emplacar a desculpa de que "por não ser governo", as sugestões não avançam.  

O fato é que a classe política de Santa Maria é fisiologista e interesseira. Não há uma atuação em busca de uma agenda de Estado ou que seja verdadeiramente alinhada ao que é bom para a cidade.

SEM EXTREMOS
Ainda que o primeiro mandato de Pozzobom tenha sido de uma largada atrasada para dar enfrentamento às questões mais emergenciais à municipalidade, o tucano soube recuperar o tempo - despendido para conhecer a máquina pública - e conseguiu entregar obras e melhorias em alguns serviços. Nem tudo foi "um céu de brigadeiro". Entretanto, não se pode fazer "terra arrasada" ou deslegitimar o que foi entregue pelo tucano. 

Pozzobom pontua numa frente que todos os demais candidatos - exceto Sergio Cechin (PP) que ia na mesma linha - acabam sendo acometidos por uma miopia que não deixa ver ali adiante: buscar todos os agentes políticos, estejam eles no partido que for, para pautar o que está sendo reivindicado por Santa Maria. Neste receituário, o chefe do Executivo municipal conseguiu emendas parlamentares do PT, PP, MDB, PSB, PSD, PSL, entre outras, para, assim, dar cabo àquelas pautas que sejam a favor de Santa Maria.

Agora, fica difícil de entender, o que não é de hoje, que a classe política da cidade sempre age da mesma forma: com candidatos que surgem, a cada quatro anos, e brotam com críticas e soluções simplistas. A pandemia, como se viu, virou álibi e desculpa para muitos - tanto políticos em exercício de mandato quanto para aspirantes - seja para não fazer ou, ainda, simplesmente para prometer o irrealizável.

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